20 maio 2010

Uma longa caminhada





Já era noite e a melancolia da madrugada já estava á tona.
Pensei em atravessar a pista, mas havia muita fumaça, as pessoas dançavam, ou melhor pulavam feito loucas, a musica quase não era ouvida, elas gritavam mais alto que a música, estavam todos drogados, quando cheguei perto do som senti que alguém me chamava e fui em direção a porta, lá havia um homem, que logo quando saí me ofereceu um “beck” eu tive que recusar.
Sai, caminhei muito, encontrei um lugar que me fazia bem, era uma figueira, me sentei bem abaixo dela, senti-me atordoada .
Caminhei mais um pouco, já estava cançada, olhei para frente, e vi em mim uma louca vontade de me matar e sabia que se eu não fizera aquilo agora não faria nunca mais.
Caminhei mais um longo percurso, uma longa estrada estava por vir na frente.
Comecei a pensar na minha vida, nos meus motivos para acabar com ela. É eu tinha motivos, sim eu tinha grandes motivos, a minha vida já havia desandado, eu tinha perdido a maior oportunidade da minha vida.
Olhei para a frente, havia árvores, flores, imaginei que fosse o paraíso, entrei mata a dentro, logo os meus primeiros passos vi um penhasco, eu já estava suando, louca de calor, tirei a roupa, me joguei. Deixei a água dominar o meu corpo, naquele instante senti um alívio, pensei em meus pais e fechei os olhos.

Thais Wunder

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Beijones.