02 outubro 2010

Sozinha



Nunca fui como todos

Nunca tive muitos amigos
Nunca fui favoritaca fui o que meus pais queriam
Nunca tive alguém que amasse
Mas tive somente a mim
A minha absoluta verdade,
Meu verdadeiro pensamento.
O meu conforto nas horas de sofrimento,
não vivo sozinha porque gosto
e sim porque aprendi a ser só...







Aproveitando o post, pessoal eu vi isso no blog de uma das minhas seguidoras e resolvi denunciar tambem!
É um absuro o que essas pessoas estão fazendo com esses animais, evite que mais animais sofram, denuncie!
Diga não ao abuso com os animais!


Bem gente, é isso, espero que depois disso voces ainda tenham um bom final de semana!
Beijos.

01 outubro 2010

Um mar

Voce ja olhou para o mar hoje? Não? Então corra, olhe para dentro dele, e veja o quão bonito ele é, cheio de vida e histórias para contar.
Olhe para dentro de voce, o seu mar, parece estranha, mas não é igual?
Voce é cheio de vida, de histórias e bonito, não? Sim!
Voce é um 'mar' seja ele de alegria ou de tristeza, o que passou são ondas passadas, as chuvas caídas já não contam mais, os peixes foram e voce ficou, certo?!
Nade sempre, mas sempre para o horizonte, é lá que estão as melhores marés, com ondas bonitas e peixes diferentes.
Mergulhe sempre, mas nunca deixe que o mar lhe afogue, nada pode com voce, nada pode com esse mar dentro de voce!
A vida é um mar tão grande e bonito.
Ora ele pode ser alegre, com lindas águas azuis, e ora triste com aguas obscuras, sem vida, isso tudo é questão de tempo, quantos mares escuros ja se tornaram azuis? Muitos, e voce pode se tornar um mar azul, basta saber viver um dia de cada vez, e aprender o que à de mais bonito está dentro de voce, seu exterior não importa, somente os sábios sabem olhar pra dentro das pessoas, por tanto, seja um sábio, olhe pra dentro de si mesmo - e dos outros também-.

Uma rosa

Ele pegou um guardanapo de papel rosa, e disse:
- Vou te dar uma coisa, mas não pode olhar. Disse ele com um lindo sorriso.
Ela virou o rosto, sabia que não era nada demais, mas que significava tudo.
 - Pronto, pode olhar.
 - Nossa que linda! Disse ela, com os olhos molhados.
Era apenas uma rosa de papel, mas que era a coisa mais linda do mundo.
No fundo tocava uma música, nada romantica, mas ela não se importava, afinal, estava com quem mais amava. Aquela fora a melhor noite de sua vida, certo que não era nenhum jantar a luz de velas, mas ele estava ali, ao seu lado, trocando carinhos, beijos, confidencias, amor, ele estava ali, a noite toda, ao seu lado.
Ela estava nervosa, sua mão suava frio, seu coração pulssava rapidamente e teve momentos em que para se distrair tinha de contar os 'furinhos' das grades das janelas do salão.
Tudo estava perfeito. Ele não à deixou por um segundo sequer. Ela o amava, finalmente havia descoberto o amor, ela amava-o como a ela mesma, ele havia mostrado a ela que o verdadeiro amor existia, ela estava amando pela primeira vez!
Hoje fazem 2/2 semanas que eles terminaram, por pura idiotice, imaturidade, por culpa dela, mas dele tambem.
E a rosa? Ela tem até hoje!

29 setembro 2010

Heroína

Heroína

Não toque nessa agulha!

Não toque nessa agulha!

Não toque nessa agulha!

Sua mente gritava à medida que sua mão se aproximava da tal agulha, deitada na mesa envolvida por embalagens de macarrão instantâneo, maços de cigarros e latas de cerveja vazias.

Seus dedos finos e amarelados envolveram a seringa e como se agisse sozinha, ela invadiu seu braço num piscar de dor fina e dolorida, daquelas que mal começam e acabam, mas a gente sabe que estava lá.

Mal teve tempo de sentir o sangue ferver e logo sua cabeça pendia para o lado, num ângulo bizarro e que, provavelmente, teria suas conseqüências mais tarde.

Acordou horas depois ou segundos depois, jamais saberia dizer ao certo, e, sem pensar duas vezes, colocou seu disco favorito para tocar na vitrola e o uísque mais barato de seu seleto bar no copo mais chique de seu jogo elegante.

A fumaça subia, mas a vontade de fumar não vinha, não adiantava olhar pela janela, as vozes continuavam lá, a gritar e gritar e gritar. E aquela velha vontade, de se esfaquear, de se espetar, aquela velha vontade voltava com tudo.

Encheu o copo novamente, acendeu outro cigarro e colocou o mesmo disco. Ligou a torneira da banheira, e só contentou-se com a temperatura quando esta estava fervendo.

Jogou as roupas no canto escuro e sujo da banheiro gigantesco que tinha no seu minúsculo apartamento, os azulejos já estavam velhos e a maioria estava esmigalhada no chão. De manhã, quando acordava desnorteada, tendia a cortar seus pés nessas migalhas de cerâmica e tinta. Mas isso não importava

Entrou na banheira, a água queimou seu corpo. Mais uma dor para esquecer. Bebeu o uísque e finalmente deu uma tragada no cigarro que há tempos implorava para ser notado.

Mas nada disso importava, não quando àquela coisa não parava de encará-la, estendida na sala, implorando para ser usada. Ela se afundou na água.

Não toque nessa agulha!

Não toque nessa agulha!

Não toque nessa agulha!

Tarde demais. Dedos ansiosos, a mão amarela, que tanto lhe causava náuseas, a seringa, fina e cheia, entra no seu braço, a mesma dor fina, os olhos fecham. Os olhos não abrem mais.

A seringa continua na mesa com as mesmas embalagens de macarrão instantâneo, os maços de cigarros e as latas de cerveja vazias, o disco tocava a mesma canção e a dona das mãos amarelas que tanto lhe apavoravam jazia morta no chão.

Não toque nessa agulha!

Não toque nessa agulha!

Não toque nessa agulha!

27 setembro 2010

(...)que a saudade é o pior momento(...)

Que a força do medo que eu tenho,
não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo o que acredito
não me tape os ouvidos e a boca.
Porque metade de mim é o que eu grito,
mas a outra metade é silêncio...

Que a música que eu ouço ao longe,
seja linda, ainda que triste...
Que o homem que eu amo
seja para sempre amado
mesmo que distante.
Porque metade de mim é partida,
mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo
não sejam ouvidas como prece
e nem repetidas com fervor,
apenas respeitadas,
como a única coisa que resta
à uma mulher inundada de sentimentos.
Porque metade de mim é o que ouço,
mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
se transforme na calma e na paz
que eu mereço.
E que essa tensão
que me corrói por dentro
seja um dia recompensada.
Porque metade de mim é o que eu penso,
mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste
e que o convívio comigo mesmo
se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto,
um doce sorriso,
que me lembro ter dado na infância.
Porque metade de mim
é a lembrança do que fui,
a outra metade eu não sei.

Que não seja preciso
mais do que uma simples alegria
para me fazer aquietar o espírito.
E que o teu silêncio
me fale cada vez mais.
Porque metade de mim
é abrigo, mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta,
mesmo que ela não saiba.
E que ninguém a tente complicar
porque é preciso simplicidade
para fazê-la florescer.
Porque metade de mim é platéia
e a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada.

Porque metade de mim é amor,
e a outra metade...

Também!

(Oswaldo Montenegro)

26 setembro 2010

Lagartas no Jardim

- Tá, o que você entende como uma coisa boa? – Ela perguntou com um ar curioso. - Sei lá, uma coisa boa é uma coisa boa, talvez um abraço seja uma coisa boa, talvez se apaixonar seja uma coisa boa, não sei está bem, por que você sempre faz isso? – Ela falou irritado. - Isso o que?, eu só fiz uma pergunta, não precisa ficar todo esquentadinho. E pro seu governo nada do que você falou define uma coisa boa… - Por que você quer saber o que eu penso de coisa boa, caramba, o que você pensa de coisa boa? - Eu não sei e é por isso que eu quero saber, entende, como é saber que algo é bom, que isso que você faz todos os dias é bom. Eu só queria entender. – Ela caiu na cadeira com um ar derrotado. - Olha Justine, você vai entender, você vai ver o que é uma coisa boa, eu não posso te explicar, é que nem explicar o que é estar apaixonado, eu acho que quando você ver uma coisa boa você vai saber. – Ele passou a mão nos cabelos delas e se retirou, ela ficou alguns instantes sozinha encarando a parede, respirou fundo e se levantou caminhando de um jeito determinado até a cozinha onde sua vó se encontrava. - Vó o que é estar apaixonado? – Ela perguntou sem rodeios a vó a olhou intrigada e fez um gesto para que ela se sentasse, serviu café e alguns bolinhos e ficou encarando a neta por um tempo. - Quem é ele? – Ela perguntou a olhando desconfiada. - Quem é quem vó? – A garota perguntou confusa. - O rapaz por quem está apaixonada? - Como eu posso estar apaixonada se eu estou querendo saber o que é estar apaixonada, caramba! - Não precisa ficar nervosa Justine, como eu posso saber, nunca estive apaixonada. – A avó se levantou e voltou a seus afazeres ignorando completamente os resmungos que a neta dava. - Pera ai, se você não se apaixonou como teve dez filhos com o vovô? – A garota perguntou curiosa. - Simples, eu só fiz sexo doze vezes na minha vida inteira, a primeira vez que eu não engravidei, os dez filhos e aquele filho que eu perdi depois da sua mãe. – Justine encarou a avó incrédula. - Obrigada por nada vó. – Disse isso e saiu em direção ao quintal não sem antes escutar um mal criada saindo dos lábios da avó. Ela foi para o jardim, um jardim maravilhoso por sinal, presente de casamento dado por seu avô para sua avó, desde criança achava aquilo um gesto maravilhoso, um presente como aquele, representando vida, a vida de sua mãe e de seus tios, que seriam criados brincando naquele jardim, a sua própria vida e a de seus primos e, ela esperava, a vida de seus filhos e dos filhos de seus primos. Ficou sentada lá esperando algo importante acontecer enquanto observava uma fila enorme de lagartas procurando por uma nova folha para se acomodarem. Lembrou de quando era criança e as coisas pareciam tão simples, um beijo era um beijo e o amor era simples, nada tão complexo. Se perguntou novamente porque queria saber tanto como era estar apaixonada. Suspirou fundo e a resposta veio imediatamente a sua cabeça. É verdade ela se falou e voltou sua atenção para as lagartas. - O que faz aqui sozinha Justine? – Tomou um susto ao ouvir seu nome dito assim tão de repente que por um momento achou que as lagartas estavam falando com ela. Olhou para trás procurando pela voz e deu de cara com seu avô que estava sentado numa cadeira de praia velha, tomando pinga e fumando um cigarro. - Acho que estou pensando, eu gosto de sentar aqui e pensar. – O avô sorriu e fez um gesto para que ela se aproximasse. Encheu um segundo copinho com pinga e ofereceu a garota, fez a mesma coisa com o cigarro, ela aceitou os dois. - Acha não, evidentemente você estava pensando, e por um bom tempo devo dizer, nem percebeu quando eu me acostei aqui. - Faz muito tempo que está aqui? - Não muito. Consegue fazer isso? – Disse ele fazendo perfeitos arcos com a fumaça do cigarro. Ela olhou para aquilo fascinada e tentou reproduzir o mesmo efeito, a tentativa não deu certo. - Não. - O que está atormentando essa cabecinha complicada sua hein? - Acho que a vida na verdade, por que é tão complicada, eu não lembro de ser tão complicada. Eu lembro de sentar no jardim e observar as lagartas e aquilo seria só isso, observar as lagartas, eu não pensaria, não questionaria e nem temeria a resposta, mas hoje, não sei por que está tão difícil e mesmo que eu faça as perguntas certas eu não recebo nenhuma resposta concreta é tudo tão vago e sem sentido que eu acho que finalmente enlouqueci. - Bobagem sua minha querida. Você já parou pra pensar que talvez as suas perguntas sejam as erradas? - O pior é que já, faz uma semana que eu ando questionando as pessoas, eu faço as perguntas bem objetiva, sou direta e pergunto logo o que quero saber, mas cada um me dá uma resposta diferente e mais complicada do que a outra. - O que você quer saber afinal hein? - Vô…você já se apaixonou? – O velhinho a encarou e caiu na gargalhada. colocou mais uma dose de pinga no copo dos dois e acendeu mais um cigarro, dessa vez só para ele. – Não estou vendo graça nenhuma na minha pergunta. – Justine falou irritada. - Desculpe querida, mas a sua pergunta é tão boba quanto a de uma criança de cinco anos. – Ela o encarou indignada. – Olha, eu tenho uma idéia do que você quer saber, como é estar apaixonado, estou certo? – Ela concordou relutante. – Bom, ninguém sabe ao certo o que é estar apaixonado Justine, isso acontece de um modo diferente para cada pessoa, tem pessoas que acham que se apaixonar é achar a outra pessoa bonita, tem gente que acha que é um sentimento quente que nasce dentro do peito, que é o coração se acelerar, suar frio, gaguejar, ficar vermelho, mãos suadas, boca seca e milhares de sentimento que só o amor pode provocar, mas na minha opinião se apaixonar é muito mais do que isso e que é impossível colocar em palavras. – Justine o encarava abobada. - Você é apaixonado pela vovó? - Mais do que ela possa imaginar. Sua vó me deu muito mais do que eu podia querer, me deu vida, tanto com esse jardim quanto com nossos filhos e cada dia que passa, principalmente pelas manhãs, quando eu acordo e a casa está cheirando a café e eu encontro sua avó no fogão com aquele avental florido amarrado na cintura e com aqueles cabelos grisalhos presos num coque, o cigarro na boca e a xícara de café do lado dela preparando bolo de fubá eu me apaixono tudo de novo. É sempre assim, todas as manhãs desde que eu a conheci. - Mas ela disse…ela disse que nunca tinha se apaixonado. – Justine falou confusa e emocionada, nunca tinha ouvido nada daquele tipo. - Eu estava tirando sarro da sua cara Justine. – A avó disse se aproximando deles, rindo junto com o marido. - Por que? - Porque você parecia tão empolgada em receber uma resposta que só você poderia encontrar, ao invez de responder eu resolvi mentir, foi bem mais fácil. - Não é a toa que eu sou louca. – Ela resmungou para si mesma. - Eu lembro exatamente do dia em que eu me apaixonei pelo seu avô. Eu era jovem e vivia andando pelas ruas, adorava andar e ler, e sempre carregava um livro na mão, vivia da biblioteca para casa e graças a Deus a biblioteca era longe. E um dia, eu lembro que estava nublado e frio, chuviscando eu acho, eu entrei na biblioteca e esbarrei com alguém, era seu avô com a namorada dele, uma beldade qualquer, ele me olhou e eu dei um sorriso muito forçado e me dirigi as prateleiras nem reparei que tinha deixado cair meu livro, ele se voltou para mim, me devolveu o livro e me deu um beijo na bochecha, eu não sei porque ele fez aquilo, foi um gesto tão inesperado e tão mal vindo que acabou me conquistando, e eu me apaixonei e até hoje quando ele me beija na bochecha eu me apaixono de novo. – A avó se voltou para o marido e recebeu um beijo na bochecha. - Eu não imaginava. – Justine comentou. – Vocês não aparentam serem tão apaixonados assim um pelo outro. - Nós guardamos isso para nós mesmos, não precisamos ficar exibindo coisas que sabemos que existe, e é bom porque isso é algo nosso, que só nós sabemos. - Por quem você está apaixonada? - Eu não sei se estou apaixonada, e meu Deus olha a hora, eu tenho que ir, obrigada vocês dois. – Ela disse beijando as faces dos avós e saindo correndo do jardim. - Eu sei o que é uma coisa boa. – Ela disse de repente o assustando. - Caramba Justine, você tinha que ser assim tão sorrateira, nem notei você entrar. - Eu não me importo, não ouviu o que eu disse? - E o que seria essa coisa boa que você descobriu. - Quando você passa as mãos no meu cabelo. – Ela disse se ajoelhando de frente a ele e recebeu um olhar confuso. - Você acha isso uma coisa boa? Mas é só um gesto. – Ela pegou as mãos dele e fez com que ele as passassem em seu cabelo. Ela soltou e deixou que ele continuasse. - Eu acho isso uma coisa boa porque ele é muito mais que um simples gesto pra mim, você se lembra quando nos conhecemos, no jardim do meu avô? – Ela perguntou o encarando nos olhos. - Como poderia me esquecer, você estava tão bonitinha vestida com um vestido de bolinhas vermelhos enquanto segurava a filha do seu primo no colo. – Ele disse rindo e ela ficou irritada. - Era uma festa a fantasia e ela queria que eu fosse como a Minnie, mas você está fugindo do assunto Joaquim. – Ele gargalhou mais um pouco e depois pediu desculpas. - Mas o que tem esse dia? - Você lembra que esbarrou em mim sem querer e eu cai no chão e bati a cabeça na quina da mesa, que doeu um bocado e eu tinha lágrimas nos olhos, se lembra disso? – Ele fez que sim com a cabeça e mandou que ela continuasse. – E ai, você me levantou e passou a mão na minha cabeça dizendo que um carinho sempre cura a dor… - Minha avó costumava dizer isso. - Então, isso é bom porque foi nesse momento que eu descobri que gostava de você, eu fiquei te encarando enquanto você acariciava meus cabelos, dizendo que ia parar de doer logo, que não era nada e depois você ficou a festa inteira comigo, todo preocupado e até o fim daquela festa você já… já me tinha apaixonada. – Ele olhou para ela e parou de acariciar seus cabelos, ostentava um olhar sério e esperançoso, como se o que ela fosse dizer a seguir mudaria tudo. – E depois que já estávamos juntos, quando meus pais morreram e você estava no enterro comigo, passando a mão na minha cabeça e dizendo que tudo ficaria bem, eu me apaixonei de novo, e hoje a tarde quando você saiu e passou a mão na minha cabeça, eu também me apaixonei de novo, e o que eu estou querendo dizer é que sempre que você passar a mão na minha cabeça eu irei me apaixonar por você novamente, o que eu quero dizer, Joaquim, é que sim, eu aceito me casar com você. - … - Eu quero me apaixonar por você tudo de novo todos os dias, quero um jardim com lagartas para que nós possamos observá-las trocarem de folhas para o resto de nossas vidas, para que quando sermos velhinhos nós possamos colocar nossa cadeira de praia velha e ficar observando o céu no verão enquanto nossos filhos ou netos brincam, para que nossa neta complicada possa perguntar o que é estar apaixonada. Eu quero poder dizer pra ela que isso a gente não sabe colocar em palavras. - Eu quero tudo isso também. – Joaquim falou um pouco confuso acariciando a cabeça de Justine.