25 setembro 2011

Solidão

Ela chega sem pedir licença, e ocupa um lugar que não era dela por direito. Me faz ficar acordada em noites vazias, trazendo-me um mar de tristeza, então é nesse momento que gotas de chuva brotam de meus olhos e meu peito parece apertar, ah solidão, como éis dolorida. Passo horas tentando descobrir um jeito de te expulsar de minha vida, mas parece que nada de nada adianta, nada é suficiente pra ti. Maldita, dolorosa, ardente, dói como se pedaços de mim saissem através de lágrimas e suor, como se eu fosse me acabar de tanta dor.
Solidão, aparece nas piores horas, nos piores momentos e para as melhores almas, é como se ela quisesse me torturar, me matar aos poucos, me comandar, me fazer ser sua sudita. Solidão, adora me ver chorar, é como se ela risse em minha cara vendo a tristeza de meus olhos, ela é depravada, adora ver os outros mal, é assim que ela fica bem. Parece que a cada lágrima de tristeza, de solidão, ela se fortalece, eis então que eu falo a mim mesma para dar um basta, colocar um ponto ou até mesmo uma visgula nessa dor, dar uma pausa, por um limite, mas ela é mais forte que eu, ocupa meu corpo como se o mesmo fosse sua casa, como se ela fosse dona. Maldita solidão, quando deixarás de viver me fazendo morrer aos poucos?